Você já ouviu falar que determinado vinho é proveniente de uvas colhidas à mão? Ou parou pra pensar porque alguns produtores optam pela colheita manual, mesmo que em tempos de mão-de-obra escassa e cara?
Pois bem, hoje trazemos um pouco de informação que pode ajudar a esclarecer essas questões.
Num primeiro momento somos levados a crer que a colheita manual é privilégio de grandes vinhos, porém isso não é totalmente verdadeiro. Apesar de alguns grand-crus serem obrigados a seguir a regra de colheita à mão, existem outros fatores que levam o viticultor a optar por uma ou outra.
O tipo de uva, o valor do vinhedo, o nível de triagem, o tipo de vinho a ser produzido são alguns dos fatores que determinam como a uva será colhida. Existem uvas mais frágeis como a Pinot Noir na Borgonha ao passo que a Cabernet Sauvignom resiste melhor à colheita mecânica, pois tem uma pele mais espessa e se desprende mais facilmente da videira.
Mesmo com maquinário cada vez mais moderno, as videiras sofrem um pouco mais com o processo mecânico, fazendo com que alguns grandes Châteaux optem pela colheita manual. Além disso, ela permite uma triagem direto no pé, retirando somente as uvas que estejam prontas, como é o caso de algumas uvas de colheita tardia ou vinhos tipo Sauternes que demandam mais de uma passada permitindo uma escolha minuciosa das uvas “prontas”.
Assim, cada qual tem sua vantagem ou desvantagem e deverão sempre coexistir.
E então, na próxima vez, quando se deparar com um vinho que se vende como “colhido à mão”, você já vai poder se questionar o quanto isso pode ter impacto em sua qualidade.