A poda da vinha é uma etapa de suma importância, pois dela depende a qualidade da colheita. Objeto de toda atenção por parte do viticultor, que se utiliza de diversas operações práticas para otimizar a qualidade final do seu vinho.
Chega o inverno, com as folhas já caídas, a planta entra em estado de repouso vegetativo fazendo com que sua seiva desça para as raízes e nesse momento, começam os trabalhos de poda que tem como objetivo, além da manutenção da forma da videira, controlar a quantidade de cachos de uvas produzido por cada pé, aumentando a sua qualidade e por último, evitar o envelhecimento prematuro da vinha.
Reflexão das equipes de poda, geralmente formada por “especialistas”, que orientam suas equipes em relação à escolha dos nós (brotos) onde a poda deverá ser efetuada, buscando a melhor relação entre o vigor da planta e o seu rendimento.
Existem vários tipos de poda, que além de uma escolha pessoal do produtor, pode considerar o contexto ambiental da vinha: seu clima, relevo e, é claro, a variedade da uva.
Exemplo de dois dos tipos de poda “Longa”, assim chamada, pois costuma deixar um ramo mais comprido, preservando mais brotos no ramo da videira (entre 6 a 12). É mais restritiva e não pode ser mecanizada. Mais comuns na região de Bordeaux e na região do Vale do Loire.
Poda Guyot Simples (apenas um ramo)
Nome proveniente de seu criador, na poda do tipo simples, é preservado um grande ramo em umas das direções (elas variam a cada ano) e no lado oposto, apenas um pequeno ramo (2 a 3 brotos) é preservado, pois eles servirão como os ramos no ano seguinte, quando é invertida a direção dos ramos.
Poda Guyot Duplo (um ramo para cada lado) – Mais utilizada na região de Bordeaux
Segue o príncipio da poda longa, mas mantendo-se dois ramos (um para cada lado) permitindo um maior equilíbrio e distribuição.
A Monduvin acompanhou alguns produtores durante esse processo, a fim de aprender e compartilhar com vocês um pouco mais sobre o mundo do vinho e seus bastidores.